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  • Foto do escritorcasadeserpentario

DEUSES NÃO-GREGOS JÁ APARECERAM NO CÂNONE

Atualizado: 29 de out. de 2022

A obra canônica de Saint Seiya é quase que inteiramente focada nos deuses gregos, enquanto os spin-offs tendem a abordar tantos deuses gregos quanto de outras mitologias. No entanto, existem alguns deuses não-gregos no cânone também.


O ser que aparece por trás de Ikki durante a saga do Santuário é um deus, segundo o Hipermito. O nome dessa entidade é Misshaku Kongô. No mangá, sua única aparição é no capítulo 9, quando Ikki chega ao Torneio Galático - época em que Ikki estava tomado pelo ódio. No anime, além dessa mesma cena no episódio 6, Misshaku Kongô aparece em outras ocasiões: contra Shaka (episódio 58) e contra o cavaleiro de Fogo (episódio 22).


Misshaku Kongô é um dos Niô - os protetores de Buda - e também é chamado de Agyô. Dentre muitas coisas, ele representa a violência, a energia latente de combate. Não se sabe se sua aparição na obra foi apenas uma representação do ódio de Ikki ou se existe alguma relação ainda não revelada entre essa entidade e a armadura de Fênix. Em Next Dimension (capítulo 58) é revelado que a abertura de olhos do Shaka representa justamente o Agyô - o duelo entre Ikki e Shaka na saga clássica não parece ter sido por acaso.


No Hipermito, ele é ilustrado ao lado de Jesus Cristo e de Xiva como "humanos que manifestaram a vontade divina". É este trecho do Hipermito que afirma que todos os mitos coexistem em Saint Seiya, "independentemente de ser da mitologia grega".


Por vários momentos na obra aparece o termo 神仏 ("shinbutsu"), cujo significado mais próximo é "Buda e os deuses". Ele pode ser visto, por exemplo, no capítulos 76 e 77 do mangá clássico, e no capítulo 94 de Next Dimension. Buda não é um deus (ao menos presume-se que ele também não seja em Saint Seiya), mas "shinbutsu" se refere ao sincretismo entre Buda e os deuses da mitologia japonesa. A menos que a expressão tenha sido usada no mangá para representar unicamente o Buda como personagem mitológico, os deuses japoneses existem - e ajudaram a criar o rosário de Shaka.


No capítulo 6 do mangá clássico, Shiryu diz que, segundo uma lenda, o Deus Dragão habitava os Cinco Picos Antigos. A armadura de Dragão seria uma representação dele. Em Next Dimension (capítulo 78) é revelado que a gema do Deus Dragão estava guardada no bastão de Dohko, que acaba sendo incorporada à sua "tatuagem" de dragão. O Deus Dragão (龍神 - "Ryūjin") na mitologia japonesa é um deus dos mares, responsável pelas marés, e representa tanto os perigos quanto as recompensas do mar.


No capítulo 103 do mangá clássico, Thanatos pensa que o Cupido deve estar aprontando alguma travessura nos Elíseos. Cupido na mitologia romana é o deus do amor, e apresenta equivalência na mitologia grega com o deus Eros.


Poderia ser que este Cupido fosse o próprio Eros tendo sido chamado pelo nome romano, assim como é muito mais comum utilizar o nome romano Hércules para o herói mitológico, em vez de sua versão grega Héracles. No entanto, é preciso lembrar que há duas versões para Eros: em uma ele é um deus primordial, e em outra ele é um deus filho da deusa Aphrodite. Cupido é majoritariamente descrito como filho de Vênus (deusa romana equivalente a Aphrodite). Então, existe a possibilidade de Kurumada ter utilizado o nome Cupido para o filho de Afrodite, enquanto Eros seria o deus primordial. No capítulo 17 de Episódio G, Eros foi de fato descrito como um dos deuses primordiais, filho de Gaia.


Existe ainda o Lemur, que não é um deus mas uma entidade perversa da mitologia romana. Ele foi apresentado pela primeira vez em Saint Seiya Origin, embora já tivesse aparecido no mangá clássico no capítulo 46. O Lemur da mitologia romana não possui equivalente grego.



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