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OS CAVALEIROS FANTASMAS DE ÉRIS

Atualizado: 1 de jun. de 2023

No dia 18 de Julho de 1987 foi lançado no Japão o primeiro filme de Saint Seiya, atualmente conhecido por aqui como "Saint Seiya: O Santo Guerreiro", ou informalmente chamado de "o filme da Éris". E no dia 19 de Junho de 1995 ele foi lançado no Brasil pela primeira vez.


O filme originalmente se chamava "Saint Seiya Gekijouban", que traduzido seria algo como "Saint Seiya: o filme". No Brasil, recebeu o peculiar nome de "Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya". Anos depois, o filme foi rebatizado para "Saint Seiya: Jashin Eris" (literalmente "Saint Seiya: Éris, a deusa maligna"), por sugestão de Masami Kurumada. O novo nome no Brasil passou a ser "Saint Seiya: o Santo Guerreiro", que basicamente não tem nada a ver com o nome original.


Os Cavaleiros Fantasmas de Éris foram idealizados por Masami Kurumada. Como explica o booklet do The Movie Box, os cinco foram concebidos para serem contrapartes dos protagonistas. Desse modo, temos: Maya de Sagitta em oposição ao Seiya ("Flecha diabólica" vs "Flecha estelar"), Kraisto de Cruzeiro do Sul em oposição ao Hyoga (Cruz do Sul vs Cruz do Norte), Yan de Escudo em oposição ao Shiryu (duelo entre escudos), Orfeus de Lira em oposição ao Shun (personagens de aparência delicada/andrógena) e Jaga de Órion em oposição ao Ikki (os mais poderosos e fisicamente semelhantes).


Segundo a trama nos conta, os Cavaleiros Fantasmas eram cavaleiros que lutaram para proteger Atena em um passado remoto, e foram revividos por Éris nesta época. O filme nunca disse que eles eram cavaleiros de prata, mas o panfleto do Prólogo do Céu comenta sobre todos os filmes e sugere essa patente. Algo que faz bastante sentido, já que Lira e Sagitta são canonicamente armaduras de prata e é conveniente que Escudo não pertença à mesma patente que Dragão. O panfleto diz: "Os 5 Fantasmas: Ex-cavaleiros que dedicaram suas almas à deusa maligna Éris ao ressuscitarem. Lutaram contra os cavaleiros de bronze para proteger Éris. Uma vez que Lira e Sagitta estão entre eles, presume-se que todos sejam cavaleiros de prata".


A revista japonesa Weekly Shonen Jump nº 30, lançada em 23 de Junho de 1987, confirmou a participação do mestre Masami Kurumada na produção do filme, inclusive com esboços dos Cavaleiros Fantasmas. É claro que isso não significa que os personagens sejam necessariamente canônicos, muito menos o filme. Mas Kurumada utilizou as armaduras de Sagitta (Ptolemy) e Lira (Orphée) no mangá clássico, como sendo prata. Isso pode indicar que, na concepção de Kurumada, Órion, Cruzeiro do Sul e Escudo também sejam prata. Saintia Sho, que é fortemente inspirado por esse filme, também entende essas armaduras como sendo prata.


Um detalhe curioso é que a página de Ptolemy de Sagitta na Enciclopédia Oficial comenta que "o formato da armadura não varia muito da armadura do seu antecessor". Mas que antecessor? A Enciclopédia só aborda os personagens do mangá clássico, e nenhum antecessor de Ptolemy foi apresentado. Será que isso está indicando que Maya é canônico (e, por extensão, os outros Cavaleiros Fantasmas também)? Mesmo que isso seja verdade, novamente ressalta-se que isso não faria o filme ser canônico; apenas os personagens, como cavaleiros de eras remotas.


Porém, a informação mais inusitada sobre eles não veio do filme nem dos materiais promocionais, e sim de um musical. Em 2011 foi lançada a peça teatral Saint Seiya Super Musical, que recontava a história do filme. E o primeiro ato é a batalha entre Atena e Éris nas eras mitológicas. Os cavaleiros que ajudaram Atena a selar Éris eram justamente Jaga, Kraisto, Yan, Maya e Orfeus.


Embora as informações contidas na peça não necessariamente se apliquem ao filme da Toei, é algo bastante interessante. Esses cinco não seriam quaisquer cavaleiros e sim aqueles que, séculos ou milênios atrás, enfrentaram e derrotaram a deusa maligna. "Jaga e os outros" (ou "Maya e os outros") foram os protagonistas de um passado distante.


No filme, Jaga diz que aceitou ser um fantasma de Éris em função da tristeza que é ser esquecido pelas pessoas ao morrer. No musical, diferentemente do filme, Jaga se arrependeu e acabou ajudando Seiya a derrotar Éris no final.



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